Empreender é Resolver o Problema do Cliente: Lições de Resiliência para Quem Está Começando
Quando pensamos em empreender, a primeira ideia que costuma surgir é: “Preciso ter um produto para vender”. Mas, como afirmou o empreendedor e ex-atleta Marcelo Toledo no podcast Mapa Mental (canal GainCast), essa lógica está invertida. Para ele, empreender não é sobre criar um produto — é sobre resolver o problema do cliente.
Essa visão, compartilhada durante a entrevista publicada pelo Infomoney em 23 de março de 2025, vai direto ao ponto: não adianta ter a melhor ideia se ela não resolver nada para ninguém. Empreender é se conectar com dores reais, entender desafios concretos e encontrar soluções viáveis. Isso, sim, é o coração de qualquer negócio.
Se você está começando a empreender — ou ainda está sonhando com isso —, esse post vai te ajudar a mudar o foco do produto para o cliente e entender como autoconhecimento, resiliência e disciplina podem ser os pilares da sua jornada empreendedora.
1. Resolver o problema do cliente é mais importante do que ter uma ideia genial
Segundo Toledo, uma das maiores viradas em sua vida como empreendedor foi parar de focar no produto e começar a focar no cliente.
“Empreender é resolver o problema do cliente e saber cobrar por isso”, afirmou durante o episódio.
No começo da carreira, ele acreditava que precisava programar e desenvolver algo novo — um app, um software. Mas percebeu que muitas soluções podem ser feitas de maneira mais simples, rápida e barata, sem tecnologia, mas com empatia e clareza.
📌 O que isso significa para você, empreendedor solo?
Você não precisa de um site complexo, um aplicativo inovador ou uma loja online perfeita para começar. O que você precisa é de um problema claro para resolver — e uma solução prática, mesmo que provisória.
💡 Exemplo: Você não precisa criar um curso completo para ensinar bordado. Pode começar com aulas ao vivo no Instagram resolvendo dúvidas simples. Com o tempo, você estrutura.
2. A paixão deve estar no problema, não na ideia
Muitas vezes, empreendedores iniciantes se apaixonam pela própria ideia. E quando ela não dá certo, insistem, mesmo sem validação. Marcelo Toledo aprendeu isso da maneira difícil.
“A gente precisa se apaixonar pelo problema”, disse.
“No início, eu queria programar e desenvolver um produto. Foi uma mudança difícil, mas essencial.”
A mudança de chave foi entender que ideias boas nascem da escuta ativa. Você não precisa adivinhar o que o mercado quer. Basta ouvir as pessoas, observar seus desafios e perguntar como você pode ajudar.
📌 Ação prática para hoje:
Converse com três pessoas sobre algo que você quer vender ou oferecer. Pergunte: “Você usaria isso? Por quê?” e “Qual seria o jeito mais fácil para você resolver esse problema hoje?”
3. Autoconhecimento é o motor da transformação
Empreender exige algo que muita gente evita: olhar para dentro. Marcelo Toledo disse que demorou para reconhecer seus próprios pontos cegos e comportamentos que atrapalhavam seu crescimento.
“Entendi que tinha dificuldades de escutar, de aceitar algumas coisas… Quando você aceita que tem desafios e se abre para isso, sua vida começa a mudar.”
Essa consciência é o que diferencia quem segue em frente de quem desiste. Às vezes, o maior inimigo não está fora: está nas nossas crenças limitantes, no medo de errar ou no desejo de agradar todo mundo.
💡 Dica da RedeNatos:
Pratique o autoquestionamento. Pergunte-se com honestidade: “O que está me travando?”, “Estou tentando provar algo ou resolver um problema real?”
4. A indignação pode ser o início da mudança
Uma das falas mais marcantes de Toledo no episódio foi sobre o verdadeiro momento de transformação:
“A frase mais importante não é ‘eu vou mudar’. É ‘eu não aguento mais’. Quando você sente isso na pele, você muda.”
Essa ruptura emocional é o que move muitos empreendedores criativos que decidem sair do emprego, transformar um hobby em fonte de renda ou começar um negócio do zero. A mudança real vem quando o desconforto é maior do que o medo.
📌 O que isso tem a ver com você?
Se você está insatisfeito com sua rotina, com sua renda ou com sua vida profissional, talvez esse seja o sinal que faltava para começar. Só não espere estar pronto — comece mesmo com medo.
5. Disciplina e resiliência são habilidades, não talentos
Toledo levou para o empreendedorismo a mentalidade de atleta. Como nadador profissional, aprendeu que não há espaço para “meio termo”.
“Disciplina não é um dom, é uma construção diária. E a resiliência se treina também.”
Um exemplo prático que ele compartilhou foi o hábito de tomar banho de gelo há mais de 230 dias. Segundo ele, o exercício é desconfortável, mas ensina sobre foco, autocontrole e resistência à frustração.
💡 Você não precisa tomar banho de gelo, mas precisa de uma rotina mínima.
Crie rituais diários que te mantenham no caminho. Pode ser estudar 30 minutos por dia, postar nas redes 3x por semana, ou fazer uma venda por dia.
Conclusão: O sucesso começa quando você muda o foco
A principal lição deixada por Marcelo Toledo é direta: você não precisa criar algo incrível — você precisa resolver algo real.
📌 Resuma esse post com essas três ideias:
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Empreender é resolver problemas, não vender ideias.
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A disciplina e a resiliência são mais importantes que a genialidade.
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O ponto de virada acontece quando você diz: “eu não aguento mais”.
Fonte:
Bruno Nadai. Empreender não é criar produto, mas resolver o problema do cliente, diz empreendedor. Infomoney. Publicado em 23/03/2025.
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