Economia Compartilhada e Geração Z: Como Esse Modelo Está Transformando o Mercado

Introdução

A economia compartilhada está moldando o futuro do consumo e criando novas oportunidades para empreendedores. Modelos de multipropriedade, coworkings, car sharing e serviços por assinatura estão crescendo exponencialmente, e um dos principais impulsionadores dessa mudança é a Geração Z.

Diferente das gerações anteriores, que priorizavam a posse de bens, os jovens nascidos entre 1995 e 2010 buscam acesso e experiências, impulsionando negócios baseados na colaboração e na flexibilidade. Mas o que isso significa para o empreendedorismo solo? Como pequenos negócios podem aproveitar essa transformação? Vamos explorar esses pontos neste artigo!

O Que É Economia Compartilhada?

A economia compartilhada é baseada no uso de recursos de forma coletiva, promovendo o acesso a bens e serviços sem que o consumidor precise adquiri-los de forma definitiva. Esse modelo se popularizou com plataformas como:

• Airbnb: compartilhamento de imóveis para hospedagem;
• Uber e BlaBlaCar: compartilhamento de transporte;
• WeWork: coworkings para otimizar espaços de trabalho;
• Spotify e Netflix: acesso a conteúdo via assinatura.

Essa tendência tem previsão de atingir US$ 335 bilhões até o final de 2025, segundo a PwC (PricewaterhouseCoopers), evidenciando o potencial desse mercado.

Geração Z e o Novo Comportamento de Consumo

A Geração Z será 58% da força de trabalho global até 2030, conforme o relatório A Era da Adaptabilidade do ManpowerGroup. Essa geração está redefinindo o consumo ao priorizar experiências e acesso em vez de posse. Algumas características desse novo comportamento incluem:

✔ Preferência por serviços sob demanda – Eles assinam, alugam ou compartilham, em vez de comprar.

✔ Sustentabilidade – Buscam marcas e serviços que reduzam o impacto ambiental.

✔ Flexibilidade e conveniência – Desejam soluções práticas e adaptáveis ao seu estilo de vida dinâmico.

✔ Digitalização – Tudo precisa ser acessível via smartphones e aplicativos.

O Crescimento da Multipropriedade

Um dos segmentos mais impactados por essa mudança é a multipropriedade, que permite que diferentes pessoas compartilhem um imóvel de lazer sem arcar com os custos integrais de manutenção. No Brasil, esse modelo já movimentou R$ 79,5 bilhões entre abril de 2023 e abril de 2024, um crescimento de 33% em relação ao período anterior, segundo a Caio Calfat Real Estate Consulting.

A multipropriedade se tornou uma alternativa viável para a Geração Z porque:

• Oferece flexibilidade e menores custos em relação à posse de um imóvel;
• Possibilita trocas de estadias com resorts ao redor do mundo;
• Reduz a ociosidade dos imóveis, promovendo uso inteligente de recursos.

Empreendimentos como o Amazon Parques & Resorts, em Santa Catarina, mostram que a Geração Z já representa cerca de 50% dos clientes, evidenciando o interesse desse público por modelos compartilhados e experiências únicas.

Outros Modelos de Negócio na Economia Compartilhada

Além da multipropriedade, a economia compartilhada abre portas para diversas oportunidades empreendedoras. Alguns exemplos:

1. Clubes de Assinatura

Produtos por assinatura, como cosméticos, vinhos, livros e comidas gourmet, estão crescendo. Plataformas como Hotmart e Kiwify permitem que empreendedores solo criem clubes de conteúdo digital.

2. Locação de Espaços e Equipamentos

A Geração Z prefere alugar em vez de comprar. Esse modelo pode ser aplicado a diversos segmentos:

• Coworkings – Espaços de trabalho compartilhados para profissionais autônomos.
• Ferramentas e equipamentos – Locação para construção civil, fotografia e eventos.
• Roupas e acessórios – Lojas especializadas em aluguel de trajes para festas ou até mesmo moda sustentável.

3. Mobilidade Compartilhada

Serviços como bicicletas e patinetes compartilhados são tendências nas grandes cidades e podem ser expandidos para outras áreas, como transporte corporativo ou locação de veículos elétricos.

Como Empreendedores Solo Podem Aproveitar Essa Oportunidade?

Se você deseja atuar nesse mercado, considere os seguintes passos:

✅ Identifique um nicho: Analise demandas locais para oferecer soluções inovadoras.

✅ Utilize plataformas digitais: Marketplaces e aplicativos facilitam a conexão com clientes.

✅ Priorize experiências e personalização: O público jovem valoriza exclusividade.

✅ Seja sustentável: Modelos compartilhados tendem a ter menor impacto ambiental e maior aceitação.

Conclusão

A economia compartilhada não é apenas uma tendência, mas uma mudança estrutural na forma como consumimos e fazemos negócios. Para empreendedores solo, esse modelo oferece oportunidades únicas para inovar, reduzir custos e atender a uma nova geração de consumidores.

Seja por meio de assinaturas, locações ou compartilhamento de bens e serviços, quem souber adaptar-se a essa realidade pode encontrar um espaço promissor no mercado.

E você? Já considerou empreender dentro desse modelo? Compartilhe suas ideias nos comentários! 🚀

📌 Fonte da matéria original: Paraíba Total