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Mais de 60% das Mulheres Empreendem Sobrecarregadas

A sobrecarga é uma realidade para muitas empreendedoras, que precisam equilibrar trabalho e tarefas domésticas para manter seus negócios funcionando.

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Mais de 60% das Mulheres Empreendem Sobrecarregadas, Aponta Pesquisa

Empreender no Brasil não é fácil, especialmente para as mulheres. Segundo a pesquisa “Mulheres Empreendedoras: Contexto de Atuação”, realizada pela startup Olhi em 2024, mais de 60% das empreendedoras enfrentam uma rotina sobrecarregada, dividindo-se entre o gerenciamento do negócio e as tarefas domésticas. Esse acúmulo de funções impacta diretamente no desempenho e na sustentabilidade de seus empreendimentos.

A Dupla Jornada das Empreendedoras Brasileiras

De acordo com o levantamento da Olhi, 63,4% das mulheres empreendedoras conciliam suas funções empresariais com os afazeres domésticos. A pesquisa aponta que a maioria dessas mulheres dedica mais de oito horas diárias ao negócio, além de duas a quatro horas aos cuidados com a casa e a família.

Esse cenário se agravou nos últimos anos. Em 2023, 54,9% das entrevistadas relataram sobrecarga; em 2024, esse número subiu para 63,4%. Segundo Stefanie Schmitt, CEO da Olhi, “as mulheres acumulam a carga do cuidado, pois, quando empreendem, o fazem tanto por uma ideia quanto pela necessidade de sustentar a família e conciliar a maternidade”.

Empreender Por Necessidade e Independência

A pesquisa também revelou que, para mais da metade das mulheres entrevistadas, o empreendedorismo surge como uma necessidade. Muitas delas precisam de flexibilidade para conciliar o trabalho com a rotina familiar. No entanto, a busca por independência profissional e o desejo de investir em uma ideia inovadora também são fatores determinantes para abrir um negócio.

Esse fenômeno reflete o crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil. De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, o país registrou 2,8 milhões de novos CNPJs em 2024, com destaque para os setores de serviços e comércio. Grande parte dessas iniciativas são lideradas por mulheres que buscam autonomia financeira e um espaço no mercado.

Falta de Apoio e Impacto Emocional

Apesar do crescimento do empreendedorismo feminino, a falta de apoio é um grande desafio. O levantamento da Olhi mostra que 42,6% das mulheres não se sentem preparadas para empreender, muitas vezes por falta de incentivo familiar ou por não serem levadas a sério por clientes e investidores.

Além disso, apenas 56,3% das entrevistadas afirmam se sentir confiantes ao falar sobre seus negócios com pessoas próximas. Por outro lado, quando a conversa é com outras pessoas do mercado, essa taxa sobe para 79,7%. Isso sugere que o ambiente doméstico e o círculo social podem ser barreiras psicológicas para o crescimento das empreendedoras.

Outro dado relevante é que 50,8% das mulheres afirmam que seus negócios são vistos com menos seriedade do que aqueles fundados por homens. Esse preconceito afeta diretamente o acesso a oportunidades, redes de networking e até mesmo a busca por financiamento e parcerias estratégicas.

Perfil das Mulheres Empreendedoras no Brasil

O estudo da Olhi também traçou o perfil das empreendedoras brasileiras. A maioria delas tem entre 35 e 44 anos, é branca e 56,3% possuem pós-graduação. Os principais setores nos quais atuam são:

  • Outros segmentos – 42,6%
  • Negócios (contabilidade, finanças e marketing) – 12%
  • Bem-estar – 10,4%
  • Educação – 10,4%
  • Saúde mental – 9,3%
  • Alimentação – 8,2%
  • Tecnologia – 7,1%

Desafios e Oportunidades para o Empreendedorismo Feminino

Os desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras vão além da sobrecarga de tarefas e da falta de apoio emocional. A dificuldade de acesso a crédito é um obstáculo recorrente. Segundo dados do Sebrae, apenas 35% das empreendedoras conseguem aprovação em linhas de financiamento, enquanto entre os homens esse número é de 50%.

Por outro lado, o crescimento de redes de apoio e iniciativas focadas no empreendedorismo feminino tem ajudado a mudar esse cenário. Programas de mentorias, aceleradoras e coletivos de mulheres empreendedoras estão promovendo capacitação e conexões estratégicas, permitindo que mais mulheres se sintam confiantes para levar seus negócios adiante.

Além disso, a digitalização tem permitido que empreendedoras acessem novos mercados e ampliem suas vendas sem a necessidade de grandes investimentos iniciais. O marketing digital e as redes sociais se tornaram ferramentas poderosas para alavancar pequenos negócios e conquistar clientela.

Conclusão

O empreendedorismo feminino no Brasil continua crescendo, mas ainda enfrenta desafios significativos. A sobrecarga de trabalho, a falta de apoio e o preconceito no mercado são barreiras que precisam ser superadas para que mais mulheres possam empreender com sucesso e sustentar seus negócios de maneira equilibrada.

Apesar das dificuldades, as oportunidades também são cada vez maiores. Com acesso a redes de apoio, capacitação e estratégias digitais, mais empreendedoras estão conseguindo transformar suas ideias em projetos sustentáveis e lucrativos. O futuro do empreendedorismo feminino passa pelo fortalecimento dessas iniciativas e pelo reconhecimento da importância das mulheres no desenvolvimento econômico do país.


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