Como precificar de forma justa e sustentável no seu negócio criativo
Ganhe dinheiro sem se sabotar — e sem cobrar menos do que seu trabalho vale
Aprenda a precificar seus produtos de forma justa e sustentável, equilibrando custo, tempo e valor percebido, mesmo sendo um empreendedor solo.
🧭 Introdução
Você já teve dúvidas na hora de colocar preço em um produto feito por você? Já ouviu alguém dizer “tá caro” e ficou com medo de perder a venda? Ou talvez tenha cobrado tão pouco que nem sentiu que valeu a pena?
Se você é artesão, criador solo ou pequeno produtor, essa é uma realidade comum. Mas precificar de forma justa e sustentável não é só possível — é essencial para manter seu negócio saudável e continuar criando com liberdade.
Neste post, vamos mostrar como calcular o preço certo dos seus produtos criativos, respeitando o seu tempo, os seus custos e o valor real do que você entrega.
1. Por que a maioria dos criativos cobra errado?
Muitos empreendedores solos:
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Cobram só o valor do material, esquecendo o tempo e a técnica.
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Têm vergonha de cobrar o que acham que realmente vale.
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Comparam seus preços com grandes lojas ou produtos industrializados.
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Estão tão acostumados a fazer “com amor”, que esquecem de calcular como negócio.
A consequência? Cansaço, frustração, burnout — e, pior, a falsa ideia de que “trabalhar com arte não dá dinheiro”.
2. O que significa precificar de forma sustentável?
Sustentabilidade aqui não é só sobre meio ambiente. É sobre criar um modelo de precificação que:
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Cubra todos os custos (visíveis e invisíveis)
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Pague o seu tempo de forma justa
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Gere lucro real
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Permita reinvestimento no seu negócio
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E, claro, seja acessível ao seu público-alvo (com equilíbrio)
3. O método RedeNatos de precificação criativa
Aqui está um passo a passo prático para você calcular o preço justo:
✅ 1. Some seus custos diretos (materiais)
Ex: tecido, linha, zíper, papel, embalagem individual.
✅ 2. Estime seus custos indiretos
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Energia, internet, aluguel do espaço, ferramenta, manutenção, plataformas.
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Calcule uma média mensal e divida entre a quantidade de produtos feitos no mês.
✅ 3. Calcule o tempo de produção
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Quanto tempo você leva para fazer 1 unidade?
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Quanto vale sua hora de trabalho? (Ex: R$ 20/hora)
✅ 4. Some todos os custos + tempo
Isso te dá o custo real por produto.
✅ 5. Aplique a margem de lucro
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Indicado: entre 30% e 100%, dependendo da exclusividade, valor percebido e escala.
✅ 6. Avalie a percepção de valor
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O cliente está comprando só um item ou uma história, uma causa, um processo?
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Embalagem, storytelling, fotografia e apresentação influenciam nisso.
4. Exemplo prático: artesã que faz bolsas de tecido
Etapas | Valor (R$) |
---|---|
Tecido, linha, zíper | 18,00 |
Embalagem + tag | 3,00 |
Custo indireto proporcional | 2,00 |
Tempo de produção (2h x R$20/h) | 40,00 |
Custo total real | 63,00 |
Lucro (40%) | 25,20 |
Preço final sugerido | R$ 88,20 |
Se ela cobrasse apenas o material (ex: R$ 20), estaria pagando para trabalhar.
5. Como adaptar a precificação para diferentes públicos
Você pode trabalhar com faixas de valor, sem abrir mão do lucro:
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Produto estrela: valor cheio, mais elaborado, com tudo incluso.
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Produto de entrada: menor, mais simples, mais acessível, ainda com margem.
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Produto sob encomenda/personalizado: com valor agregado e margem mais alta.
6. Ferramentas para facilitar sua vida
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Google Planilhas (com fórmulas automatizadas)
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Calculadoras de precificação online (como do Sebrae)
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Planilhas personalizadas da RedeNatos (fale com a gente se quiser uma!)
✅ Conclusão
Precificar bem é um ato de respeito com o seu trabalho e com seus clientes. Quando você cobra corretamente, valoriza seu tempo, sua arte e a experiência que entrega.
Não tenha medo de dizer: “meu produto custa isso porque foi feito com técnica, dedicação e qualidade”. Clientes que valorizam o que você faz vão entender — e comprar.
Comece hoje mesmo revisando seus preços com esse passo a passo. E, se quiser ajuda, a RedeNatos está aqui para apoiar.
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